Desde pequena eu fazia coisas diferentes, atrevo dizer estranhas. Como ficar sentada em frente ao pé de hibisco conversando horas com meu amigo imaginário, ou ter como bicho de estimação uma tartaruga, ok, tartaruga.Mas o estranho é que todos tentavam me convencer de que era uma manga coração-de-boi verde. Nunca acreditei neles.Um dia minha tartaruga fugiu, acho que ela saiu correndo. Receio que não gostava muito de mim por que ela era tão calada e eu sempre falei demais. Minha mãe disse que ela estava deixando meu quarto fedorento e então jogou ela fora... mas eu custo acreditar.
Meus pais me deram uma vez uma casinha de madeira. Fiquei feliz por que assim minhas vizinhas iam lá brincar comigo. Então, desde pequena o interesse já era o fundamento das amizades. Percebi isso depois que vendi minha casinha, pois tinha apenas o morador do pé de hibiscos para conversar.
Não sei por que, mas sou assim; Talvez por ter ganho um pacote de pessimismo de presente algum dia, ou, não sei. Mas não acredito em amizades eternas, em nada eterno.
Sempre tentam me convencer que existe sim, ou as pessoas que convivem comigo ficam magoadas, mas eu não sou de guardar o que penso,
nem se eu quiser.
Mas é fato. Claro, toda regra tem exceção, mas sinto náuseas quando vejo declarações com um te amo para sempre, até o fim da vida, até a morte... as pessoas mudam, certo? E isso já explica muita coisa sobre minha teoria. E por as pessoas mudarem, minhas amigas deixaram de gostar das minhas bonecas e agora gostam de carros e festas. E não tenho isso para oferecer, o desfecho da história foi uma baianinha sozinha.
Mas como eu disse que toda regra tem exceção; obrigada por estar até hoje (e sabe-se lá ate quando) ao meu lado, morador do pé de hibisco.
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